Guerra ao Terror - Entenda por que o filme deu uma surra no Avatar na cerimônia do Oscar

" A emoção da batalha costuma ser um vício forte e letal, pois a guerra é uma droga."

(Chris Hedges )

 Em seu novo filme, Kathryn Bigelow mostra a guerra de um modo diferente: o longa foca num pequeno grupo de militares no Iraque. William James, um veterano especialista em desarmamento de bombas é o protagonista da história.

 O filme que é considerado de baixo orçamento (15 milhões de dólares) conseguiu fazer o que James Cameron não teve êxito em sua última produção multi-milionária. Bigelow, diferente de seu ex-marido, se focou nos detalhes. Com poucos diálogos o longa nos consegue dizer muito através de olhares e momentos de silêncio.

 Mesmo sem muitas cenas de tiroteios, o filme não perde ritmo dos bons filmes de guerra. As cenas filmadas com câmeras móveis que acompanham a ação dos personagens proporcionam ao expectador a sensação de apreensão por não saber exatamente o que está acontecendo. Uma experiência de imersão que na minha opinião é muito maior do que o 3D de Avatar.

 Kathryn Bigelow merece todo o reconhecimento de sua obra por provar à indústria cinematográfica que é possível fazer filmes de qualidade sem ter que apelar apenas para efeitos especiais, e que os mesmos podem encarar blockbusters em premiações populares como o Oscar. 

 Além de seis estatuetas douradas, o longa recebeu três Globos de Ouro, 6 BAFTAs e o prêmio de "Outstanding Achievement" do Sindicato de Diretores Americanos.